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Como fugir dos juros abusivos?

Escrito por Larissa Ferreira

Para não colocar o orçamento em risco é preciso ficar atento a gastos, mas também às taxas praticadas pelos bancos. Além disso, é indispensável fugir dos juros abusivos, principalmente dos juros do cartão de crédito. 

Mas como saber se os juros são abusivos? Pesquisamos as taxas oferecidas pelo mercado e também os direitos do consumidor para ajudar você a controlar as despesas.

O que são os juros abusivos

Não há na legislação um valor fixo que indica exatamente quais juros são abusivos. Por esse motivo, não são raras as cobranças de taxas indevidas ou superiores àquelas estipuladas na tabela do Banco Central. O pagamento pelos serviços prestados pelo banco também é determinado pelas cláusulas contratuais e pelas ofertas do mercado. Por isso, fique atento aos valores propostos. 

Pode ser também que o banco cobre valores compatíveis com a tabela e mesmo assim use práticas que ferem o consumidor. Isso ocorre quando existe a capitalização de juros (anatocismo). Ou seja, quando os juros de períodos passados integram o valor sobre o qual será cobrada uma nova taxa. Anatocismo é a cobrança de juros sobre juros. 

Mesmo não havendo uma norma de cobrança mensal máxima (para empréstimo em cheque especial, por exemplo), o Código de Defesa do Consumidor (CDC) e o Banco Central atuam para garantir que o cliente não será prejudicado.

O CDC, nos artigos 6, 51 e 52, e a Súmula 121 do Supremo Tribunal Federal (STF) são alguns dos instrumentos jurídicos que permitem ao consumidor se defender dos juros abusivos e fazer valer os seus direitos nas situações em que a taxa cobrada é arbitrária.

É preciso ficar de olho nas cobranças, verificar como os valores estão sendo calculados e se há compatibilidade com o contrato firmado. Agora que você já sabe o que são juros abusivos, confira quais bancos têm as maiores taxas.   

Taxa de juros dos principais bancos 

Segundo a tabela do Banco Central, as taxas de cheque especial variam muito de acordo com a empresa. É possível verificar cobranças que vão de 0,63% a.m. e 7,78% a.a (Banco CCB Brasil S.A.) até juros que alcançam 16,23% a.m. e 507,73% a.a. (Mercantil). Com tanta oscilação, separamos para você um ranking com os valores cobrados pelas instituições mais utilizadas Veja:

  1. Banco do Nordeste: 6,31% a.m. e 108,42 % a.a.;
  2. Banco de Brasília BRB: 7,46% a.m. e 137,14% a.a.;
  3. Itaú Unibanco: 10,80 % a.m. e 242,23% a.a.;
  4. Banco do Brasil: 11,94% a.m. e 287,22% a.a.;
  5. Bradesco: 12,08% a.m. e 293,01% a.a.;
  6. Caixa Econômica Federal: 12,42% a.m. e 307,28% a.a.;
  7. Santander: 14,71% a.m. e 419,25% a.a.;
  8. Mercantil: 16,23% a.m. e 507,73% a.a.

Algumas taxas podem ser assustadoras. Imagine uma dívida de R$ 650,00 com juros de 11,27% (média dos valores acima). Ao final do mês, o acréscimo será de R$ 73,26 e, caso o valor não seja quitado, o montante continuará a subir mensalmente. Para controlar as finanças é preciso escapar dos juros abusivos. Descubra como evitá-los.

Como evitar os juros abusivos

O primeiro passo para evitar os juros abusivos é, sem dúvida, colocar todas as finanças na ponta do lápis e evitar recorrer ao cheque especial e a outros tipos de empréstimo. Para isso, você poderá utilizar planilhas e aplicativos disponíveis. Entretanto, quando isso não é suficiente, será preciso dar mais um passo.

Procure as menores taxas. Existem empresas reconhecidas e confiáveis que podem ajudar a realizar as comparações e a encontrar a melhor solução para o restabelecimento da saúde financeira. Contar com profissionais capacitados é um investimento que fará toda a diferença a curto, médio e longo prazo.

Reconhecer o que são juros abusivos e quais bancos têm as menores taxas é indispensável para não perder o controle do orçamento. Compare e fique atento, já que existem variações mensais. Não hesite em procurar os especialistas para salvar as suas finanças.

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