A possibilidade de antecipação de até 100% para restituição do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) permite que o consumidor possa usar esse recurso como renda extra ou para pagar dívidas do tipo faturas atrasadas de cartão de crédito ou de aluguel.
Mas, para saber se o uso da quantia de antecipação é um bom negócio, é necessário ficar atento às taxas de juros para liberação, que podem variar de acordo com a instituição financeira. Apesar de ser uma modalidade com juros menores quando comparada aos outros tipos de empréstimos, ainda há o Custo Efetivo Total (CET) a ser calculado. A Fundação PROCON SP fornece uma calculadora online que pode ser bastante útil no momento de revisar o montante.
Antes de finalizar o pedido da antecipação, é importante analisar os motivos para que essa solicitação seja feita. Casos como a quitação de dívidas de cheque especial e cartão de crédito, por exemplo, são boas opções de uso por causa das taxas mais baratas.
É necessária atenção para não cair na “malha fina”, termo utilizado para descrever declarações entregues com inconsistência de dados, suspeita de fraude ou casos em que não houve mão de obra para checar os dados.
O termo “malha fina” significa ficar numa lista de espera para o pagamento. E a grande desvantagem disso é que o tempo de espera na malha fina costuma ser longo. Entre os erros mais comuns, estão as informações divergentes entre CPF e CNPJ ou entre o contribuinte e as fontes pagadoras.
No entanto, entrar nessa fila de espera não significa que o cliente seja sonegador e tenha o nome sujo em serviços como SPC ou Serasa pela falta de pagamento em contas de cartão de crédito ou faturas de outras empresas. Mas, ao cair na malha fina, será necessário arcar com a dívida da quantia antecipada.
Confira as taxas de juros praticadas pelos principais bancos brasileiros:
1- Bradesco
Taxa de juro: a partir de 2,25% a.m
2- HSBC
Taxa de juro: de 1,79% a 3,49% a.m.
3- Caixa Econômica Federal
Taxa de juro: a partir de 1,57% a.m.
4- Banco do Brasil
Taxa de juro: ainda não definida
5- Itaú
Taxa de juro: 4,44% a.m.
Vale ressaltar que os documentos utilizados para a declaração devem ser guardados por 6 anos para o caso da Receita Federal solicitar informações no futuro. Com atenção às taxas de juros praticadas pelo banco e cuidado para que a declaração seja feita sem inconsistência de dados, a antecipação pode ser recebida sem maiores complicações.