Com a chegada do verão e as constantes chuvas que atingem várias cidades do País, as enchentes voltam a ser uma grande preocupação na vida dos motoristas.
Por isso, nesse artigo você vai conferir dicas para proteger o seu carro durante as inundações e o que fazer para não perder a cobertura do seguro auto. Confira se o seguro cobre enchente e como acionar a seguradora:
O seguro auto cobre enchente?
Há muitas dúvidas sobre a cobertura que envolve fenômenos da natureza. No caso de enchentes as seguradoras são obrigadas a oferecer cobertura, mesmo nos planos mais básicos para ocorrências em que o carro fica total ou parcialmente submerso na água.
Contudo, para não perder a indenização, o proprietário do veículo deve ler atentamente a apólice do seguro auto e verificar as exigências para não perder a indenização.
“O motorista não pode agravar o risco. Por isso, jamais deve tentar atravessar a enchente. O correto é, se possível, colocar o carro em local seguro e aguardar que a água abaixe”, recomenda Gutemberg Fragoso, CMO da Compara.
“Se o carro estiver estacionado, seja na rua ou na garagem, e for acometido por uma enchente ou até mesmo por uma árvore que caiu sobre o veículo durante a chuva, o seguro vai cobrir os danos. Dependendo do que indique o laudo, o sinistro pode até ser qualificado como perda total e ressarcido integralmente pela seguradora. No entanto, se no laudo ficar comprovado que o motorista expôs o veículo a um risco, ou seja, decidiu passar por uma rua que já estava alagada, o seguro não vai cobrir”, alerta.
Segundo Gutemberg, não é necessária a contratação da cobertura adicional para que o seguro cubra danos causados por enchentes. Mesmo na cobertura básica, que compreende apenas colisão, incêndio e roubo, o segurado já tem direito a esse benefício desde que não se exponha ao risco.
Para os casos em que o prejuízo não seja superior ao valor da franquia, algumas seguradoras oferecem a higienização do veículo.
Como evitar danos ao veículo em caso de enchentes
As inundações são um grande risco aos motoristas e seus veículos, principalmente pelos problemas mecânicos que podem ocorrer. Dependendo do nível da água, ela pode atingir o motor e causar danos à parte elétrica.
O Centro de Experimentação e Segurança Viária (Cesvi Brasil) recomenda que o motorista evite regiões alagadas. No entanto, se isso for inevitável, algumas ações podem ser tomadas a fim de minimizar os prejuízos ao veículo. Veja abaixo:
- Reduza a velocidade do carro
A baixa velocidade aumenta a aderência dos pneus no solo e melhora a dirigibilidade do veículo
- Desligue o ar condicionado
O ar-condicionado ligado aumenta o risco de entrada de água na tomada de ar do motor, o que aumenta a possibilidade de danos ao motor.
- Desligue o motor
Se o carro morrer em uma via alagada, não dê a partida novamente. A ação força o motor e pode piorar ainda mais o quadro mecânico e de pane elétrica.
- Faça a revisão do veículo após passar por uma inundação
É importante checar se os principais componentes do carro foram afetados, o que pode diminuir a vida útil dessas peças. Leve o carro a uma oficina de sua confiança para avaliar os prejuízos.
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Ver ofertasMorar em área de alagamento deixa o seguro mais caro?
Você sabia que, só em São Paulo, a diferença entre o valor a pagar pelo seguro de um morador de um bairro que alaga com frequência e outro livre de enchentes pode ultrapassar os 160%?
Infelizmente, morar em regiões que alagam influencia no valor final do preço do seguro de carro. Isso significa que, além de ter que lidar com os transtornos causados pela enchente, as pessoas que moram nesses bairros também terão que gastar mais com a manutenção do carro e com o valor da apólice.
“Vale ressaltar que o seguro para pessoas que moram em regiões com frequentes alagamentos é sempre mais caro. Por isso, é importante não omitir o endereço verdadeiro na hora de contratar para não correr o risco de não ser indenizado. E quem não tem seguro deve lembrar que a prefeitura não indeniza o prejuízo e o gasto com limpeza e reparos é alto”, finaliza Gutemberg Fragoso.
A solução? Se você não pode ou não quer se mudar, o melhor é pesquisar bastante, dentre várias ofertas de seguradoras diferentes, até encontrar um valor mais em conta. A internet oferece boas ferramentas para ajudar o consumidor, como o sistema de cotação gratuita de seguros. Por exemplo, com Compara basta inserir seus dados e do seu veículo para conhecer várias propostas de seguro do auto. É fácil e gratuito.
Uma pesquisa realizada em São Paulo revelou que, quem mora em bairros que alagam, como a Chácara Califórnia, o bairro do Ipiranga e o Butantã, podem ter que desembolsar até R$2,7 mil por ano a mais com o valor do seguro para seu carro. Bairros como Vila Mariana, Pinheiros e Jardim Casablanca oferecem os preços mais em conta, pois são áreas com pouco risco de sofrer com uma enchente.
A justificativa para o aumento no valor da apólice é que os carros que ficam presos numa enchente grave, geralmente, não podem ser recuperados. O proprietário que tem um seguro do automóvel com cobertura para esses casos pode então requerer a perda total do veículo, o que representa um grande custo para a empresa. A perda total se configura quanto os gastos para recuperar o carro ultrapassam 70% do seu valor.
Se você mora em local propenso a alagamentos, lembre-se de que a prioridade é a sua segurança, não questões financeiras. Por isso, se estiver dirigindo e for surpreendido por uma enchente, se notar que o nível da água subiu a ponto de entrar na cabine, desligue o carro e saia do local imediatamente. Se você estiver dirigindo por uma rua alagada, o nível de água considerado seguro para prosseguir vai até apenas a metade da roda.
Se por um lado, morar em um local com risco de enchentes torna o seguro mais caro, também faz do mesmo uma cobertura ainda mais indispensável. Encontre o seu seguro auto no Compara.
