O mau desempenho da indústria de automóveis já é uma realidade. E isso fez com que o setor de seguro de carro acendesse uma luz amarela. No início de abril, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) divulgou que a produção do setor de automóveis teve queda de quase 29% para mais de 200 mil unidades produzidas no ano.
O presidente da associação, Luiz Moan, afirmou que o desempenho não foi o esperado, em média. Mas você sabe em que isso afeta o mercado de seguro do automóvel? Na verdade, esse mercado é afetado diretamente pela queda na produção do setor automotivo. Quando há queda na produção, provavelmente há queda na venda do seguro.
Boris Ber, vice-presidente do Sincor-SP, afirma que a venda de novos carros é fundamental para incrementar a carteira de veículos. Quando os automóveis vão ficando velhos, o seguro total passa a não ser tão interessante ao segurado a medida que o tempo vai passando. Para se ter uma ideia, aproximadamente 85% das vendas de seguro do auto atualmente são feitas após a compra de um carro zero quilômetros em concessionária.
Diante desse cenário, o vice-presidente do Sindicato dos Corretores de Seguros no Estado de São Paulo acredita que as seguradoras devem deixar o seguro um pouco mais acessível para o caso de automóveis com mais de três anos de uso. Essa medida certamente daria um certo impulso no setor.
Outra medida que poderia ajudar o setor a ganhar um “up” seria o seguro popular. Por ser mais econômico pelo uso de peças genuínas, o seguro popular poderia conquistar um mercado afastado dos seguros para automóveis com mais de cinco anos de uso, já que eles têm planos com preços normalmente mais elevados.
De qualquer forma, a queda na produção de carros afeta a venda de seguros de uma forma que seguradoras e corretores devem buscar uma saída para tornar o mercado novamente atrativo. O seguro é algo essencial – sem ele, a direção se torna insegura e pouco prática. Mas, com preços em alta e produção de carros em baixa, é necessário encontrar formas de atrair novamente motoristas para o mercado.