O número de indenizações pagas pelo DPVAT, o seguro de carro obrigatório, subiu 20% entre 2013 e 2014, de acordo com dados divulgados no início de março deste ano pela seguradora Líder, que é responsável pelo serviço. Em 2013, foram pagos cerca de 633 mil indenizações. Em 2014, esse número subiu para 736 mil, o que equivale a R$ 3,9 bilhões.
O que mais causou ressarcimentos foram os casos de invalidez. Eles foram responsáveis por 78% dos registros do ano, um total de quase 600 mil indenizações. Nos demais casos, as indenizações do seguro do auto foram relacionadas ao reembolso de despesas em hospitais, totalizando 15%, e casos de morte, totalizando 7%. Os casos de reembolso totalizaram pouco mais de 100 mil casos e os de morte, pouco mais de 50 mil casos.
De acordo com o levantamento, aumentou em 34% o número de indenizações decorrentes de invalidez permanente. Isso representa uma diminuição em 14% no valor de indenizações por reembolso de gastos médicos e decréscimo de 5% nas indenizações decorrentes de morte.
Para a seguradora Líder, o decréscimo no número de mortes está diretamente relacionado aos equipamentos de segurança atuais, como airbag, cinto de segurança, além da criação de políticas de segurança, como a diminuição da velocidade máxima em diversas vias e a Lei Seca.
A maioria dos motoristas que receberam indenização pelo seguro automotivo foram homens, que representaram um total de 75%. Além disso, os jovens representaram a maior parte dos indenizados: 24% tinham entre 18 e 24 anos.
Cerca de R$ 3,8 bilhões arrecadados pelo seguro obrigatório – o valor representa 45% do total – são doados ao Sistema Único de Saúde (SUS). O dinheiro é usado para custear o tratamento de vítimas de acidentes de trânsito. Para completar, cerca de 5% do valor arrecadado é usado para a criação de campanhas educativas do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran).