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Gasolina comum ou aditivada: saiba como decidir e quais as vantagens

Escrito por Larissa Ferreira


Vale a pena pagar mais caro pela gasolina aditivada? Apesar da popularização dos veículos flex, boa parte do público consumidor se atém a apenas um tipo de combustível: a gasolina. Com isso em mente, decidimos esclarecer uma dúvida antiga — qual a melhor opção: abastecer com gasolina comum ou aditivada?
Sendo assim, preparamos este conteúdo para resolver esse dilema, de uma vez por todas, em que elencamos a composição desses combustíveis, bem como as suas vantagens específicas ao veículo, apresentando os ganhos em consumo, performance, durabilidade e afins. Continue a leitura para descobrir mais!

Diferenças da gasolina comum e da aditivada

Apesar de diferentes, vale lembrar que existem muitas semelhanças entre essas alternativas, tais como o funcionamento no motor e boa parte da estrutura química. No entanto, antes de listarmos os prós e contras, devemos examinar a composição dos dois combustíveis, identificando suas características e diferenças. Confira!

Vantagens da gasolina comum

Como o nome sugere, trata-se da solução amplamente conhecida e disponível em todos os postos do país. Quimicamente, a gasolina comum brasileira obedece à legislação vigente, que determina o percentual de 27% de etanol anidro em sua composição.
Essa alternativa não tem nenhuma característica especial, sendo apenas um combustível convencional para o abastecimento dos veículos. Nesse tema, ressaltamos a importância da octanagem na combustão necessária ao deslocamento.
Carros com motores tradicionais dependem de uma explosão gerada no interior da câmara de combustão. A vela de ignição dispara uma pequena faísca elétrica, que, então, incendeia a câmara, já abastecida de oxigênio e vapor de gasolina. A explosão impulsiona os pistões, que convertem e expulsam força mecânica para as rodas.
Sendo assim, uma especificação se torna importante: o Índice Antidetonante, também conhecido como IAD ou octanagem. Essa métrica consegue determinar a resistência de um combustível ao suportar pressão e temperatura.
Portanto, quanto maior a octanagem, mais lenta será a queima e menor será o consumo. A gasolina comum tem um IAD mínimo de 87. Para efeito de comparação, vale citar as alternativas premium, com octanagens que superam 97 pontos.

Vantagens da gasolina aditivada

Essa opção também conta com um nome sugestivo. Essencialmente, a gasolina aditivada tem a mesma base química da comum — 27% etanol e 87 IAD. No entanto, sua composição é acrescida de novos compostos, com aditivos dispersantes, detergentes e lubrificantes. Por essa razão, a aditivada é uma solução mais higiênica ao conjunto mecânico.
Quando você abastece o seu veículo com essa opção, existem três fatores em funcionamento. Primeiro, os compostos detergentes — durante o percurso pelo cofre do motor — soltarão os resíduos das paredes internas. Simultaneamente, os elementos dispersantes destruirão essas impurezas.
Por último, mas não menos importante, um composto chamado FMT desenvolverá uma fina película protetora em todas as regiões pela qual a gasolina passar, impedindo a formação de novos blocos de resíduos e, assim, reduzindo o atrito.

A decisão por gasolina comum ou aditivada

Agora sim! Estamos prontos para colocar as opções sobre a mesa e comparar seus prós e contras. Os critérios para essa decisão serão aqueles fundamentais na escolha do consumidor tradicional, indicando aspectos de consumo, desempenho, mecânica e custo. Acompanhe!

Autonomia e consumo

A decisão por meio desse critério depende do longo prazo. Isso acontece porque a gasolina aditivada é, de fato, a mais econômica no consumo, mas por uma margem substancialmente pequena no curto prazo. Para realmente identificar ganhos na autonomia, será necessário rodar com um tanque inteiro.
Ainda assim, é uma vitória para a aditivada, que se destaca, aqui, em função daquela substância lubrificante, o FMT. Perceba que, uma vez que as paredes internas do motor estão “lisas” e desobstruídas, o combustível fluirá com mais facilidade pelo conjunto, diminuindo o esforço mecânico e, por consequência, o consumo final.

Desempenho e performance

Mais uma vitória para a gasolina aditivada. Mas, aqui, destacamos: a diferença não é a mesma que a percebida entre a gasolina e o etanol, que, por sua vez, conta com uma composição muito mais reativa e enérgica. Nada disso.
Na realidade, o veículo se torna mais responsivo quando abastecido com a aditivada em função da limpeza realizada no motor, que se torna mais elástico e apto ao funcionamento, sem detritos metálicos que prejudiquem seu desempenho. Apesar de a diferença não ser gritante, consegue-se notar um ganho sutil na aceleração.

Mecânica e durabilidade

Aqui, o placar, já em 3 a 0, martela outra vitória para a aditivada! Como você pode imaginar, contar com um motor limpo, desobstruído e lubrificado acaba sendo positivo para o arco de durabilidade do veículo, que ganha uma extensão em sua vida útil, seja pelo melhor funcionamento, seja pela inexistência de resíduos metálicos, que aceleram o desgaste dos componentes internos.

Preço

Nesse quesito, a gasolina comum vence e ensaia uma virada. O custo por litro da alternativa comum costuma ser 5% mais barato que a opção aditivada. Pode soar pouca coisa, mas se considerarmos a alta quantidade ao encher um tanque, a diferença pode ser substancial.
Digamos que a comum esteja a R$ 4. Com o acréscimo de 5%, a aditivada custaria R$ 4,20. Para quem viaja muito e, principalmente para os veículos de uma frota, essa margem diferencial pode abrir um “rombo” no orçamento.

Custo-benefício

Finalmente, chegamos ao critério que nos estimula a pesar as alternativas. Sobretudo aqui, precisamos lembrar que “custo-benefício” não é a mesma coisa que o “menor preço possível”.
A gasolina comum pode, sim, entregar uma economia de 5% a cada abastecimento, mas é necessário estender o seu ponto de vista ao longo prazo, em que, inevitavelmente, você precisará submeter o veículo a manutenções e substituição de peças. Nesse sentido, a aditivada se coroa como a alternativa vencedora.
No fim das contas, cabe ao consumidor decidir entre duas opções semelhantes no curto período, mas com diferenças abismais no longo prazo. Em conclusão, você poderá pagar um extra de 5% agora para evitar mais do que isso lá na frente.
E então, o que você escolherá na próxima parada no posto: gasolina comum ou aditivada? Agora, aproveite para dividir este conteúdo com os seus amigos, compartilhando o artigo em suas redes sociais!
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