O câmbio CVT é uma espécie de transmissão automática que não é limitada a um número de engrenagens fixas, com 4, 5 ou 6 marchas. Por enquanto, a novidade está presente apenas em modelos mais caros. Porém, há quem diga que a eficiência e econômia gerada por ele compensa o investimento. Saiba mais aqui!
O que é o câmbio CVT?
Câmbio CVT remete ao termo Continuously Variable Transmission — que, em uma tradução direta, significa “transmissão continuamente variável”. Na realidade, esse câmbio consegue operar em todo o alcance de rotações do motor sem nem ao menos transmitir aquele engasgo que ocorre nas trocas de marcha, dispensando o conjunto de engrenagens fixas — encaixadas manual ou automaticamente em outros modelos.
O câmbio CVT é considerado a melhor transmissão automática pelos seguintes fatores:
- aceleração constante;
- suavidade na condução;
- bom consumo de combustível;
- inexistência dos engasgos nas trocas.
Como o câmbio CVT funciona?
Como apontado acima, os câmbios CVT dispensam as relações fixas e limitadas. As trocas de marchas são virtuais, de acordo com a velocidade do veículo, e não limitadas por uma restrição de giros no motor — as RPMs. Mas, você já parou para pensar em como a mágica acontece?
O CVT é bastante simples em seu desenho, sendo composto por duas polias com diâmetros distintos. Elas são interligadas por uma correia metálica de alta resistência, responsável pela transferência de força entre os componentes.
Com essa versatilidade, o câmbio CVT garante uma aceleração gradual, previsível e ininterrupta, o que gera benefícios à condução. Contudo, aos consumidores mais entusiastas, a tecnologia possui um defeito crucial: a falta de emoção na pilotagem.
Quais são as suas diferenças em relação ao câmbio manual?
Agora que você já entende um pouco mais sobre essa solução de engenharia mecânica, chegou o momento de separar o joio do trigo. Confira as principais diferenças do CVT em relação aos câmbios manuais!
Troca de marchas
Com um câmbio CVT, você poderá dar adeus às trocas de marchas e às suas incômodas sequências multitarefas, em que se:
- libera o acelerador;
- pressiona a embreagem até o fundo;
- engata a marcha desejada;
- torna a acelerar.
Contando com um veículo equipado com essa tecnologia, a condução se assemelha a um kart dois tempos, bastando acelerar e frear, conforme necessário.
Preocupação com a economia
Obviamente, existem inúmeros veículos manuais que alcançam médias excelentes de consumo de combustível. No entanto, na condução de um carro manual, você precisa adequar a sua pilotagem às faixas de rotação do motor, optando por trocar em rotações menores.
No câmbio CVT inexiste esse cuidado. Todo o processo de trocas será feito pelo sistema da transmissão que, sendo continuamente variável, estará a todo momento trabalhando na rotação adequada, podando excessos e garantindo a melhor autonomia possível.
Quais são as suas diferenças em relação ao câmbio automático?
Afinal de contas, quais são as distinções entre os câmbios automáticos convencionais e o câmbio CVT? Confira a seguir:
Marcha adequada
Você se lembra das polias de tamanhos distintos que mencionamos anteriormente? Pois então, pelo fato delas alterarem o seu diâmetro continuamente em função da velocidade, o câmbio estará a todo momento em “marchas” diferentes, sempre naquela adequada à circunstância atual.
Condução suave
Um grande benefício do CVT que vinga sobre os automáticos convencionais está na falta de engasgos nas trocas. Essa é uma característica muito peculiar e especial aos carros com essa tecnologia. Uma sensação só encontrada de forma semelhante na pilotagem de veículos totalmente elétricos.
Condução monótona
Todo bônus tem seu ônus, não é mesmo? Esse pode ser o fator decisivo para os consumidores que não enxergam na condução apenas um meio de transporte, mas, sim, um passatempo prazeroso.
Vale a pena optar pelo câmbio CVT?
Aqui, a resposta é: sim. O câmbio CVT tem um público bem definido entre as montadoras e, no mercado nacional, pode-se observar que a tecnologia equipa veículos com finalidades familiares.
Sendo assim, o câmbio CVT é uma excelente opção caso você esteja buscando:
- silêncio a bordo;
- velocidade estável;
- economia de combustível;
- conforto e previsibilidade durante a condução.
Quais são os principais modelos comercializados com o CVT?
Ilustrando a conclusão acima, elencamos os principais carros vendidos no Brasil equipados com o câmbio CVT (observe que as carrocerias são predominantemente mais familiares — SUV e sedã). Veja!
Honda HR-V, SUV
O utilitário esportivo compacto da montadora japonesa apresenta as seguintes características-chave:
- motorização com 139 cv;
- câmbio CVT que simula 7 marchas;
- consumo de gasolina em 11 e 12,3 km/l no circuito urbano e rodoviário, respectivamente.
Toyota Corolla, sedã
Trata-se do sedã mais vendido do Brasil. Confira abaixo as suas principais características:
- motorização com 144 cv;
- câmbio CVT com modo que simula a troca manual;
- consumo de gasolina em 9,2 e 13,2 km/l no circuito urbano e rodoviário, respectivamente.
Renault Fluence, sedã
O elegante sedã médio da francesa Renault apresenta os seguintes detalhes:
- motorização com 143 cv;
- câmbio CVT com modo que simula a troca manual;
- consumo de gasolina em 7,4 e 10,7 no circuito urbano e rodoviário, respectivamente.
Nissan Kicks, SUV
Entre os detalhes do caricato SUV da Nissan, estão:
- motorização com 114 cv;
- câmbio CVT;
- consumo de gasolina em 9,6 e 13,7 no circuito urbano e rodoviário, respectivamente.
Mitsubishi ASX, SUV
O distinto SUV da montadora nipônica tem em seu descritivo técnico:
- motorização com 170 cv;
- câmbio CVT;
- consumo de gasolina em 6,9 e 9,8 km/l no circuito urbano e rodoviário, respectivamente.
A preferência pelo câmbio CVT cresce regularmente, uma vez que os novos condutores preferem a comodidade em detrimento da emoção ao conduzir. Sendo assim, encontraremos cada vez mais opções de veículos equipados com essa tecnologia, visando o conforto absoluto de seus usuários.
Gostou deste post elencando os detalhes e vantagens do câmbio CVT? Então aproveite a visita no blog para ler o conteúdo “Direção elétrica ou hidráulica: qual a melhor?“, aprimorando a escolha do seu próximo carro!