Não é novidade para ninguém que o nosso país está passando por um período difícil na economia e este não é só um problema do governo, pois reflete diretamente nas nossas vidas.
Um estudo realizado pelo Banco Central mostra que as famílias brasileiras nunca estiveram tão endividadas nos últimos três anos como estão agora: quase 50% da nossa renda já comprometida com dívidas
Dessa forma, já que os salários não aumentam na proporção das dívidas e impostos é importante tentar colocar as contas em dia e dominar o orçamento familiar para fazer o salário durar todo o mês.
Diante desse cenário, no artigo de hoje você confere dicas e ações práticas de como sair do vermelho e quitar as dívidas!
Como sair do vermelho?
Certamente não é nenhuma novidade a importância de ter um planejamento financeiro, no entanto, difícil mesmo é colocá-lo em prática.
A forma mais simples para isso é conhecer a sua atual situação financeira: o quanto você ganha e o quanto você gasta mensalmente.
Para te ajudar com isso, o Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) criou uma planilha para gerir o orçamento doméstico que você pode baixá-la clicando aqui.
Depois de colocar todo o seu fluxo financeiro no papel, vamos conhecer algumas ações práticas para salvar as suas finanças e sair do vermelho.
Por quais dívidas começar?
Se o seu orçamento já está comprometido com algumas dívidas,o primeiro passo é reavaliar as taxas de juros e condições de pagamentos.
Comece pelas dívidas aquelas que têm os juros mais elevados como o cheque especial e o rotativo do cartão de crédito.
Para te ajudar, dê uma olhada nesses dois posts que já publicamos em nossos blog: Será que vale a pena usar o Cheque Especial e 5 dicas para renegociar a dívida do cartão de crédito. Neles, explicamos exatamente quais são as taxas de juros de cada uma delas e como sair do vermelho negociando a sua dívida.
Pague uma de cada vez e dê preferência pela que possui os juros mais alto.
Ir pagando todas as dívidas de forma parcelada somente irá adiar o problema.
Negocie as dívidas
Como foi dito, priorize aquelas que têm maiores taxas administrativas e não tenha medo de negociá-las.
Para o credor é muito mais interessante que você pague, mesmo que parcelas menores, do que perder o cliente para sempre ou ter que esperar por muitos anos para receber.
Por isso, negocie! Informe as suas possibilidades de pagamento e renegocie os prazos e juros.
Se você tem dívidas de juros muito altos, uma solução para sair do vermelho é trocá-las por um empréstimo pessoal, onde as prestações são fixas e com custo financeiro mais baixo.
Leia mais Dicas para quitar as dívidas e limpar o nome no nosso blog!
Troque o credor
Outra possibilidade de como sair do vermelho é levar todas as suas dívidas para outro banco que apresente melhores condições de pagamento e taxas de juros mais baixas do que as que você já tinha.
Sendo assim, antes de tomar qualquer decisão, compare todas as possibilidades que cada instituição pode te oferecer e somente se comprometa com um valor que você sabe que consegue pagar.
Se você aceitar uma parcela que não cabe no seu orçamento, ao invés de resolver um problema estará entrando em outro.
Corte os gastos
Como quitar as dívidas ganhando pouco?
Não é fácil, mas também não é impossível. A partir de agora você precisa ter foco para sair do vermelho e para que isto aconteça o quanto antes, você deve parar de contrair novas dívidas.
Chega de compras parceladas e deixe os cartões de crédito e cheques em casa para que assim você consiga controlar as compras por impulso.
E se eu ficar desempregado?
A falta de emprego é um agravante, mas ter um planejamento fará com que você passe pela situação de uma forma mais tranquila.
O dinheiro do acerto e o saque do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) devem ser utilizados para quitar dívidas e amortizar parcelas, por exemplo.
Não veja este dinheiro como um bônus para gastar com compras ou viagens, mas faça dele uma poupança, afinal, você não sabe por quanto tempo estará fora do mercado de trabalho.
No dia a dia
Pequenas mudanças em nossa rotina podem resultar em uma grande economia no final do mês, mas é importante contar com o esforço de toda a família.
De nada adianta somente você se esforçar enquanto os outros não fazem a sua parte. É necessário um esforço coletivo.
Aqui vão 7 ações simples para reduzir as despesas familiar e quitar as dívidas:
- Apague as luzes quando não forem necessárias. A tarifa de luz teve altos reajustes este ano, então toda é economia é válida;
- Leve comida para o trabalho ou almoce em casa. Além de economizar, é muito mais saudável;
- Troque a academia pelas praças públicas;
- Reúna os amigos em casa mais vezes;
- Corte os supérfluos, ou seja, aquilo que você não precisa;
- Aprenda a juntar dinheiro ao invés de comprar parcelado. Além de não ter dívidas, comprando à vista o desconto pode ser maior;
- Não viva um padrão de vida que não cabe no seu bolso. Isso fará com que você se frustre e contraia dívidas desnecessárias;
Dicas para não cair novamente em dívidas:
- Não se comprometa com aquilo que você não conseguirá pagar.
Segundo especialistas, o ideal para quitar as dívidas e sair do vermelho é ter no máximo 30% da renda líquida mensal com prestações. Para ficar mais claro:
Imagine uma família com um salário bruto de R$1.000. Sem contar com os possíveis descontos de alimentação e vale-transporte, seu salário líquido é R$920. A recomendação é que essa família não tenha mais do que R$276,00 de salário comprometido em parcelas e prestações.
- Anote tudo o que você gasta, desde as contas fixas até o pãozinho na padaria.
Só assim você conseguirá ver exatamente para onde está indo o seu dinheiro e poderá administrá-lo mais facilmente.
Existem vários aplicativos de celular que podem te ajudar nesse controle como o Guia Bolso; Organizze; Money Lover; Gastos diários, dentre outros.
- Faça uma poupança!
Tente reservar pelo menos 10% do seu salário para o futuro e situações que não podemos prever, como uma doença ou desemprego.
No texto Quanto rende a poupança a gente te explica a rentabilidade em números.
Tudo tem seu lado positivo. Veja o período de recessão como uma oportunidade de aprender a cuidar melhor do seu dinheiro e adotar as novas atitudes como rotina, já que boas práticas devem permanecer sempre.
E uma vez com as dívidas dribladas mantenha o orçamento e planejamento sempre em dia para que o saldo seja sempre azul.