Quanto custa ter um filho?

Ter um filho é maravilhoso, mas, você sabe efetivamente quanto custa? Quando um casal decide ter um filho, deve saber que durante os 21 anos seguintes uma boa quantia em dinheiro deverá ser desembolsada. Essa quantia pode variar entre R$ 200 mil e R$ 1 milhão, de acordo com os objetivos de investimento para o futuro e condição econômica.

Diversos fatores devem ser levados em conta: as despesas essenciais, como o cartão de crédito a partir de certa idade, despesas opcionais e uma possível poupança. Para não comprometer mais do que o necessário, o recomendado é que o custo do filho seja, no máximo, 30% da renda do casal.

Confira a média de gastos da infância à vida adulta:

Até os 5 anos

Os primeiros gastos que um filho demanda são sobre compra de roupas e itens de higiene, como fraldas. Organizar um chá de bebê é a melhor forma de economizar nesse primeiro passo. Até os 3 anos, a média de gasto é de R$ 6,5 mil por ano. Enquanto até os 5 anos, a média sobe para R$ 15 mil anualmente.

Entre outros gastos essenciais estão a pediatra, obstetra, remédios, vacinas, berço, fraldas, carrinho, roupas, móveis e exames pré-natal. Entre os opcionais, estão os brinquedos (que não precisam ser caros, mas sim estimulantes), babá eletrônica, aniversário em espaços e bufês e itens de decoração.

A festa de aniversário é sempre um evento desejável, caso a família realmente não abra mão desta festividade, pode economizar e fazê-la em casa. Uma ótima forma de administrar este tipo de gasto sazonal é aproveitar os benefícios do cartão de crédito e parcelar as contas relacionadas.

Até os 10 anos

A partir dos 5 anos, a criança costuma ter desejos mais concretos. Atualmente, algo comum é o desejo por aparelhos eletrônicos. Cursos extracurriculares, como de idiomas, também costumam pesar no orçamento.

Para que ela tenha uma melhor noção de que tudo é fruto de esforço, vale exemplificar o quanto deve ser economizado do telefone e água, por exemplo, para comprar um videogame. Até essa idade, a média de gasto anual é de R$ 17,5 mil. O mais interessante em iniciar a educação financeira do herdeiro nesta fase é poder, gradativamente, fazê-lo participar do orçamento familiar.

Até os 15 anos

Na adolescência, são adicionados gastos de lazer, por isso as mesadas passam a ser comuns. Nesse caso, vale fazer um cartão de crédito adicional com um valor limite para o filho. Dessa forma, se aprofunda o sentimento de gestão financeira, se há um limite, os recursos devem ser usados e distribuídos segundo as prioridades do jovem.
Outros dos gastos podem incluir desde planos de telefonia e Internet, programas de entretenimento para o fim de semana até intercâmbio no exterior. A média anual é de R$ 21,5 mil.

A partir dos 15 anos

Durante essa idade, o adolescente começa a pensar sobre qual carreira seguirá. Custos com faculdade, pós-graduação e transporte podem surgir. Entre os custos opcionais, está o intercâmbio no exterior.

Durante o período de formação na faculdade ou em cursos técnicos, é interessante estimular os filhos a iniciarem suas atividades profissionais. Uma excelente opção são os programas de estágios, que não consomem o dia inteiro, apresenta o ambiente de trabalho para os iniciados e ainda remunera.
Em geral, o maior gasto que um filho traz é relacionado com a educação, seguido de locomoção e saúde. A chave para não comprometer grande parte da renda líquida dos pais é o planejamento financeiro. Com ele, fica mais fácil gastar conscientemente e não se perder em dívidas.