Viagem de navio: o guia completo sobre cruzeiros marítimos

Ainda que não haja um consenso, muitos pesquisadores apontam que a primeira referência sobre navegação está na Bíblia, há cinco mil anos. Esse tipo de transporte já serviu para os mais variados fins e continua sendo uma das principais formas de exportação.

Contudo, para além da história, os oceanos também recebem turistas das mais diversas origens nos dias atuais. São os cruzeiros marítimos de cabotagem (navegação entre portos marítimos, sem perder a costa de vista) e os cruzeiros internacionais, que crescem cada vez mais em popularidade.

Segundo dados preliminares da Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos, mesmo com apenas 75% da capacidade das embarcações disponíveis e uma temporada mais curta, o setor ainda movimentou 1,5 bilhões de reais na economia brasileira. Esses são os dados vigentes da temporada 2021/2022.

Atualmente, os navios de cruzeiro costumam ser equipados com todo tipo de serviço. As opções vão desde bares, quadra poliesportiva, academia, danceteria e cassino até lavanderia e ambulatório médico. Por isso, não falta o que fazer em um cruzeiro!

Existem os cruzeiros mais luxuosos, com tudo incluso, e as opções mais modestas (fluviais), que focam em aproveitar muito mais o destino do que o transporte. Há também variações de cabine, desde as mais simples, para apenas descansar, até as mais refinadas e estruturadas, com sacada e vista para o mar.

Dessa forma, opções para famílias, casais, amigos e para quem deseja viajar sozinho não vão faltar. Se você ainda está pesquisando para decidir se um cruzeiro marítimo é uma opção interessante, saiba que é bem provável que exista um serviço alinhado aos seus objetivos de viagem.

Contudo, é importante escolher um cruzeiro que atenda às suas expectativas e seja equipado com a estrutura que você procuraria em um resort, por exemplo. Também vale se informar sobre o que está incluso na sua viagem de navio e quais são os custos extras na embarcação.

Muitos viajantes têm medo de se sentirem presos durante uma viagem de navio. No caso de pessoas com claustrofobia, recomenda-se evitar cabines sem janela ou varanda. Conheça bem as dependências do quarto antes de fechar o seu pacote e conte com a opinião do seu médico de confiança.

Muitas pessoas receiam passar todo o percurso nauseadas devido ao balanço do mar. No entanto, atualmente, os navios são equipados com tecnologia para garantir mais equilíbrio e seguem rotas estáveis, oferecendo maior conforto para quem costuma enjoar com o balanço de um barco, por exemplo.

Os documentos para viajar de navio são semelhantes aos de um passeio aéreo. Além disso, as empresas ressaltam que o passageiro é o único responsável pelo cumprimento de todos os requisitos impostos pelo governo, pelas leis ou pelos regulamentos dos portos de escala previstos no itinerário.

Para cruzeiros com origem e destino no Brasil, é necessário apresentar RG com dez anos de emissão, no máximo, ou CNH. Para viagens de navio em países fora do Mercosul, o passaporte é obrigatório, além do visto, dependendo do território. Algumas nações também pedem comprovantes de vacinação para febre amarela e COVID-19.

A certidão de nascimento também pode ser utilizada como documento para crianças de até 12 anos. Algumas companhias não permitem viagem de menores desacompanhados. Já as crianças que passeiam com um representante legal devem ter uma autorização judicial específica. 

As mulheres grávidas devem procurar um médico antes do trajeto, entendendo junto ao profissional as recomendações ideais, independentemente da fase de gestação. É importante checar com as companhias marítimas o que levar em uma viagem de navio, caso haja uma exigência especial.

O seguro viagem não é obrigatório na maioria dos cruzeiros marítimos. Contudo, ele é altamente recomendado para ter mais segurança e tranquilidade a bordo. Se seu destino for algum lugar onde a contratação é obrigatória, como a Europa, o ideal é que a cobertura para cruzeiros esteja inclusa. 

Por isso, fique atento às especificações de cobertura, que costumam ser as mesmas aplicadas em viagens aéreas (inclusive extravio de bagagem). Essa é uma das recomendações mais importantes para considerar. 

Uma das principais diferenças entre um seguro viagem para navio é o pagamento da emergência médica. Se você tiver um contratempo em terra, o processo é igual ao do seguro aéreo. No entanto, em alto mar, você precisa pagar o atendimento para depois solicitar o reembolso à sua seguradora.

Na hora da contratação do seguro, considere coberturas de bagagem, esportes amadores (caso vá praticar algum a bordo) e assistência médica. Além disso, mesmo que o destino ou a origem do cruzeiro seja o litoral brasileiro, por se tratar de águas marítimas, a opção a ser adquirida deve ser internacional.

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